Grupos de pesquisadores de diferentes instituições ao redor do mundo estão trabalhando para desenvolver uma vacina que seja eficiente contra todos os tipos de coronavírus. Algumas dessas pesquisas são bastante promissoras e já estão, inclusive, partindo para as fases de testes em humanos.
Caso o imunizante funcione, ele será eficiente para prevenir desde um resfriado comum até uma infecção pelo Sars-Cov-2, vírus responsável pela Covid-19, incluindo suas variantes já conhecidas. Além de outras doenças causadas por parasitas desta família, como os vírus da SARS e do MERS,
A principal pesquisa nessa área é financiada pela empresa britânica de biotecnologia, Conserve Bioscience e utiliza a tecnologia do mRNA, mesma dos imunizantes da Pfizer e da Moderna. A eventual vacina seria administrada uma vez a cada poucos anos para prevenir outras pandemias da magnitude da ocasionada pela Covid-19.
Outras instituições, como a Escola de Medicina da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, também estão fazendo experimentos para terem suas próprias vacinas universais contra os coronavírus.
Semelhanças entre os coronavírus
A meta de ter uma vacina que seja eficaz contra uma gama de doenças que vão de um simples resfriado até a infecção por um dos vírus mais mortais da nossa geração. A chave para isso pode estar nas semelhanças entre os coronavírus, como as proteínas de pico, que são o que ajuda o microrganismo a identificar as células-alvo, que no Sars-Cov-2, é a proteína spike.
Apesar dessa característica ser promissora, os cientistas acreditam que é necessário encontrar alguns aspectos que sejam ainda mais semelhantes em toda a família e, ao mesmo tempo, seja crucial para sua sobrevivência.
A ideia de uma vacina única para todos os coronavírus não é exatamente nova, mas o processo de desenvolvimento se acelerou por conta da pandemia da Covid-19.
“É muito fácil imaginar cepas de coronavírus altamente patogênicas com taxa de mortalidade de 10 a 15 por cento que são quase tão transmissíveis quanto Covid-19″, declarou o epidemiologista Ralph Baric. “Há uma ameaça séria lá fora e realmente precisamos prestar atenção nela”, completou.
Com informações do Futurism.