SP e Rio adiam desfiles de escolas de samba para abril devido a aumento de casos de Covid

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Os prefeitos de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e do Rio, Eduardo Paes (DEM), anunciaram em conjunto na noite desta sexta-feira (21) que o desfile das escolas de samba das duas cidades, que aconteceria em fevereiro, foi adiado para o feriado prolongado de Tiradentes, que começa em 21 de abril, uma quinta-feira.

A decisão foi divulgada após reunião virtual em que os dois prefeitos discutiram o avanço acelerado da variante ômicron do coronavírus nas cidades. Também participaram do encontro o secretário da Saúde carioca, Daniel Soranz, e o secretário da Saúde paulistano, Edson Aparecido, além dos presidentes das Ligas de Escolas de Samba de ambos os municípios.

A decisão foi tomada devido ao avanço da variante ômicron da Covid-19. Na quarta-feira (19), o país registrou, pela 1ª vez, mais de 200 mil casos conhecidos de Covid em 24 horas; mortes também apontavam em alta.

Em nota conjunta, as prefeituras anunciaram que, “sob a orientação de seus secretários de Saúde, optaram por adiar a realização dos desfiles das Escolas de Samba para o fim de semana do feriado de Tiradentes, em abril”.

“A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de COVID-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional”, anunciaram Paes e Nunes em nota à imprensa.

Após a reunião, Nunes disse que a decisão foi tomada com a orientação das equipes de saúde e agradeceu à compreensão da Liga das Escolas de Samba.

Paes afirmou que ambos estão acompanhando a evolução da cepa nova do coronavírus e que é “prudente o adiamento”.

Para o presidente da Liga de SP, Sidnei Carriuolo Antonio, “foi uma atitude sensata”. “A Liga tem um carinho muito grande por seus componentes, sofreu muito nos últimos dois anos e jamais os colocaríamos em risco. É uma atitude acertada, tem todo o apoio da Liga e das escolas e esperamos que dia 21 de abril poderemos fazer um desfile de alegria, de calor humano.”

Em 6 de janeiro, a prefeitura anunciou o cancelamento do carnaval de rua de São Paulo também devido ao aumento de casos de Covid-19 (leia mais abaixo).

Protocolos
Durante a semana, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) propôs mudanças nas regras dos desfiles, e o protocolo exigia a apresentação do passaporte da vacina para o público e para os desfilantes, o uso obrigatório de máscara tanto para desfilantes quanto para o público, a redução do número de componente por escola, e o controle de público na concentração e dispersão, além de recomendações para os ensaios técnicos e encontros nas quadras.

Além disso, o protocolo já previa o adiamento dos desfiles no Anhembi caso a situação epidemiológica da cidade se agravasse.

Como os integrantes das escolas de samba que participariam dos desfiles em fevereiro teriam de usar máscara, foi decidida a exclusão do julgamento do Carnaval 2022 o quesito “harmonia”, que avalia se os componentes cantam o samba enredo. Assim, o uso da máscara não atrapalharia a competição. Já o uso incorreto poderia levar à perda de pontos nos quesito “fantasia”.

O protocolo com as diretrizes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) foi desenvolvido após duas reuniões realizadas entre a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com a São Paulo Turismo (SP Turis), Secretaria Municipal da Cultura (SMC) e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU).

Carnaval de rua

Com o cancelamento dos desfiles dos blocos de rua divulgado em 6 de janeiro, a Ambev, que foi escolhida como empresa patrocinadora do carnaval de rua em 2022, deixará de pagar à cidade R$ 23 milhões estipulados no contrato de patrocínio assinado no ano passado.

O montante ainda não havia sido recolhido aos cofres da cidade por causa da indefinição do evento desde o final de 2021.

Fonte: G1 Globo

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