Alívio e conforto. Estas são as palavras usadas por Emilly Idalina para dizer o que sente ao fazer vôlei no projeto gratuito ‘Campeões do Amanhã’, criado pela Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer). Diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizado, a garota de 14 anos encontrou na prática da modalidade um ‘cano de escape’ para colaborar na cura.
A jovem relata que no auge da pandemia da Covid-19 começou a ter ataques de pânico frequentes. Devido ao isolamento social, o sentimento de medo acentuou a ansiedade de Emilly pela incerteza dos dias seguintes e a perda de alguém querido.
“Não cheguei a ser curada. É um processo de constante vigilância e tratamento, mas o vôlei foi um dos principais pilares da minha melhora. O vôlei é um esporte maravilhoso que está me proporcionando muita alegria. O momento do jogo é um dos poucos instantes em que estou ali presente 100% sem me preocupar com o futuro ou o passado. Três vezes por semana estou dentro de quadra”, afirmou Emilly Idalina.
O psicólogo Jerônimo Cruz Lopes explicou que existe um consenso entre os profissionais da Saúde de que a prática de exercícios físicos tem um grande impacto positivo na saúde mental. Segundo o especialista, os benefícios que o esporte traz, estão a diminuição do estresse, maior disposição, melhora da qualidade do sono, aumento da concentração e funções cognitivas em geral, aumento da autoestima, além de ser um grande aliado na prevenção e redução de sintomas de depressão e ansiedade.
“Do ponto de vista neurobiológico, a prática regular do esporte contribui para a liberação de dopamina, endorfina, serotonina e noradrenalina, neurotransmissores responsáveis por reduzir a sensação de dor e produção de bem-estar. Por isso não podemos achar que saúde física e saúde mental são coisas separadas, na verdade ambas se influenciam mutuamente e uma depende da outra, por isso os grandes benefícios e alto impacto do esporte na saúde mental”, afirmou o especialista.
“A pediatra sugeriu que fizesse natação como parte do tratamento dessa doença que antecede a asma. Para não piorar ela pediu que a gente fizesse. Ele está fazendo. Acredito que vai expandir o pulmão. Além da natação, Henrique faz também vôlei e com as duas modalidades juntas ele vai ter uma infância mais saudável”, comentou a mãe do menino, Nadja Leite Oliveira.
Henrique Leite, que tem o sonho de ser jogador da seleção brasileira de vôlei e pratica a modalidade na quadra duas vezes por semana, vibrou com a oportunidade também de fazer natação. “Está sendo muito bom. Uma prática para melhorar o condicionamento físico e a perda de peso também, além de me movimentar. Está sendo muito bom por esses propósitos”, afirmou o estudante.
De acordo com a professora, Edileide Cabral, a vantagem de ter a natação como atividade física principal é por ser um esporte que movimenta todas as partes do corpo. “Toda atividade física trabalha a questão da saúde e da qualidade de vida, mas a natação é um exercício bem completo. Envolve também a sobrevivência de uma criança para não se afogar, ajuda na parte cardiorrespiratória e também na perda de peso. É fantástico. É saúde e qualidade de vida”, disse a educadora física de natação.
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