Após quatro meses de crise com o Ocidente, a Rússia decidiu atacar a Ucrânia nesta quinta-feira (24), naquilo que Kiev e a Otan (aliança militar ocidental) chamaram de invasão total. É a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e a maior operação do gênero desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003.
O presidente Vladimir Putin foi à TV para dizer que faria uma “operação militar especial” no Donbass, a área de maioria russa étnica no leste do vizinho. Seu comando militar, contudo, confirmou que “armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, basses aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas”.
Além disso, o comando militar das repúblicas rebeldes afirma que está avançando com suporte russo rumo às fronteiras que consideram suas, violando assim território ucraniano que estava sob Kiev. O nome disso é guerra, invasão ainda que não total.
TVs mostraram tanques que estariam invadindo o norte do país a partir da Belarus, sem confirmação independente. Imagens ao vivo mostraram o bombardeamento de Kharkiv com mísseis disparados de Belgorod, na Rússia.
Por outro lado, Moscou falou que forças ucranianas “não estão resistindo a unidades russas”, sem dizer onde. Também foi relatada a derrubada de cinco aviões e um helicóptero russos, além da morte de 50 soldados invasores, o que Moscou nega.
Fonte: Folha de São Paulo